domingo, 14 de setembro de 2014

Post aleatório - rambling

"A razão pela qual decidi colocar uma legenda e foto tão mais abertas é porque recebo um apoio MUITO maior do que qualquer comentário negativo e eu achei que vocês mereciam receber uma pequena fatia maior do quão feliz estou.
Dá medo, claro. Público faz parte do meu trabalho, e o apoio de vocês é decisivo em muita coisa que realizo. E posso dizer com felicidade e orgulho que a GRANDIOSA maioria dos comentários que venho recebendo nos últimos 3 meses é fofo, de apoio, de respeito, de identificação. Ou seja: de gente humana, de gente cabeça aberta, inteligente, que sabe que o ser humano é muito mais do que a casca de quem a gente ama. (...)
Para quem não entende e se mantém quieto e feliz por mim, obrigada: o gênero de quem está do meu lado não muda nada sobre mim. Sempre fui assim; estar em uma relação hetero ou homo não tira o "bi" da orientação que já nasci tendo, e agradeço que entendam que nada muda, pois sempre foi: sou bissexual desde que nasci, simples assim. Para quem se sente identificado: vocês são uma das razões pelas quais decidi mostrar a foto e escrever isso agora; espero que ter uma "blogueira de moda e beleza" toda menininha e blablabla whiskas sachê (como diria alguém especial hehe) possa te dar forças para continuar batendo de frente com os estereótipos da sociedade. (...)
Sempre existirá preconceito, seja ele na forma que for. A cor de pele, o gênero, a mecha no cabelo, a religião. Todo preconceito é vil, é desrespeitoso, é uma mancha na história da humanidade. Mas, com o tempo e o esforço daqueles que realmente amam seus semelhantes e sabem que o que há por dentro vale mais do que tudo, as "fobias" humanas vão diminuindo e se tornando mais raras... Esperamos. (...)"

(Post completo no dia 13/09/14 no Faceboook da Viiixxxen)

Não sei porque, mas quando terminei de ler o post completo da Mari eu queria comentar sobre o assunto.
Tenho que dizer que nunca fui vítima de bullying ou preconceito, então não posso dizer que sei como as pessoas se sentem quando precisam assumir algo que vai contra o "comum".
** Eu uso a palavra gay, pois gosto e concordo com a conotação original (antes da associação direta à homossexualidade): lighthearted and carefree; brightly colored; briliant. **

Não sei se é por causa de criação, mas eu nunca consegui entender o motivo que as pessoas encontram para se acharem superiores àquelas que se conhecem o suficiente para entender o que elas realmente querem. Quando eu penso assim, o que me vem à cabeça é o filme 'Divergente' quando a Jeanine encontra a Tris na Audácia e diz que ela está orgulhosa por a garota se conhecer o suficiente para ir contra o resultado do seu teste.
Eu admiro as pessoas que conseguem distinguir os seus gostos, sempre fui assim, então quando fico sabendo que alguém se assumiu gay, eu fico feliz por essa pessoa ter se encontrado.
Nesse caso específico, o da Mari, eu não sabia até ver a foto e os comentários no Instagram. Assisto o canal dela há alguns anos no YouTube, mas não sigo muito mais que isso - dificilmente sigo as redes sociais dos youtubers que eu assisto. Já sabia que ela estava namorando, pois ela comentou em um vídeo no último mês, mais ou menos, mas ela não desenvolveu mais que isso. Não é muito comum os youtubers abrirem tanto as relações amorosas nos seus canais por ser uma coisa muito pessoal, eu acho.
Pessoalmente conheço várias pessoas gays. O interessante é que antes, no colégio, eu não conhecia nenhum, mas depois que eu entrei na faculdade conheci vários. (Acho) que em momento nenhum eu senti uma diferença tão grande que me fez querer me afastar ou até ridicularizar qualquer um deles, como acontece quando se tem uma situação de preconceito. 
Infelizmente, sei que a minha postura não é a de todos. Cada um tem o seu ponto de vista e suas razões que definem como elas apreenderão o que acontece ao seu redor. Vejo isso pela minha avó, que é católica e, portanto, acha que é "errado" gostar de pessoas do mesmo gênero. Eu não tento convencer minha avó - ou ninguém, realmente - que na verdade o meu ponto de vista é o certo, afinal não existe certo e errado nesse caso; tudo é uma questão de entendimento.
Fico feliz em ver que, em certos lugares, as pessoas se sentem tão confortáveis com o ambiente onde estão que conseguem ser verdadeiros consigo e com os outros. 
Acho injusto alguém ter que esconder o que ela é para que essa consiga se adaptar a um ambiente ou grupo de pessoas; cada um é um ser único e exclusivo.

Acho que eu me empolguei por ver que, por mais que ainda existam casos em que o preconceito esteja muito presente, há, também, casos como este onde as pessoas consigam entender que uma preferência não mudará por completo uma personalidade. Apoio totalmente os gays e acho que todos deveriam se sentir confortáveis com quem eles são, quem eles amam e quem está à sua volta.

xx

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